sexta-feira, 20 de julho de 2007

guardo o aguardo na gaveta da paz





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terça-feira, 17 de julho de 2007

O ponto fraco

Queria saber por que me irrito fácil às vezes. Odeio fazer o que não quero.
Por mais que seja importante, por mais que seja pro meu bem, se eu não quero fazer e me mandam fazer, me irrito! Mas é algo muito ruim. Acho que se eu ganhasse força nessas horas, derrubaria tudo o que estivesse na minha frente! Muro, muralha, prédio, gente. É como toda a raiva acumulada virando algum outro sentimento.
E o problema! É que sou um herói e um vilão, e se eu tivesse essa força não sei pra que lado lutaria. Ah, também sou aquele garoto sardento que sempre se mete em confusão, e o infeliz é amigo dos dois.
Agora o vilão está no seu quarto, planejando como vai destruir o que não gosta. Está morrendo de raiva porque sabe que o herói vai interferir antes de completar seu plano. Então o vilão tenta alcançar lá no fundo de sua cabeça pútrida e má, uma idéia pra acabar com o herói.
O herói conversa com o garoto confuso, tenta descobrir alguma coisa a mais sobre seu inimigo. Entre verdades e mentiras que o garoto sardento conta sobre o vilão, o herói fica confuso e vai para casa.
O herói não chega, o vilão se morde de raiva, larga suas armas, rabiscos de planos e notas, e dorme.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Jantador de coração

Existe um poeta zumbi dentro de mim
Com fome de coração e tempero de lembranças
Não tem hora pra acordar
Volte e meia desperta ao luar
Volte e meia quando sai pra namorar
Anda por ali, esperando encontrar pra devorar
E de preguiça, deitar
Sente o cheiro que o coração exala
E o cadáver sai vagarosamente da cabala
Come o prato cardíaco que vem pela frente
Ao envenenado por apaixonado
Prefere o machucado

sexta-feira, 6 de julho de 2007

"Do que vale ser aqui onde a vida é de sonhar liberdade?"

Será que a livre arbítrio existe realmente? Eu acredito que não.
Acho que é uma mentira que inventaram para conformar a ausência da liberdade. Comecei a pensar nisso hoje. Alguém deletou minha pasta “Bruno”, lá tinha milhares de fotos de 5 anos atrás pra cá, restos de trabalhos, e o que mais me deixou sentido, minhas poesias, as coisas que eu escrevia quando estava triste, feliz, quando levei um pé na bunda, quando ganhei um amor, quando bebi demais, quando levei um pé na bunda de novo, quando amei, quando achei que amei, e quando não tinha nada pra fazer. Eu to anestesiado até agora, o que vou fazer sem minhas poesias, sem minhas fotos e inutilidades? Eu não sei.
Pois bem, eu podia fazer qualquer coisa a respeito disso, me matar, jogar o computador escada a baixo, chorar, tentar procurar a pasta, e um inferno de outras coisas. Eu teria o livre arbítrio pra fazer isso, não é? Mas minha liberdade estaria dependendo desse ocorrido, ou seja, eu só faria alguma coisa por reflexo do sumiço da pasta. Logo, eu estou preso à “ação” que no caso seria a perda da pasta, e minha suposta liberdade seria a “reação” que é o que eu faria por ter perdido ela. Você sempre esta preso a alguma coisa, sempre age em resposta do que viu, ouviu, sentiu ou qualquer que seja o “iu”
Acredito que só temos a “liberdade” a partir do momento que estamos presos a alguma ação. Podemos denominar então o livre arbítrio, apenas como uma corrente extensa?

Como tenho livre arbítrio nesse blog:
Sei lá, viu!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Os senhores de verde e botas pretas da limpeza.

Bom, hoje eu estava em mais uma tarde de trabalho como todas as outras, se não fosse a dor de barriga. Eu estava fazendo um trabalho chato, e aquela dor de barriga estava realmente me incomodando. Larguei tudo e fui logo ao banheiro. Graças a Deus não tinha ninguém, entrei na cabine do canto que seria a ultima opção dos necessitados como eu, escolhi ela também porque ficava longe das pias onde sempre entra um e outro pra se olhar no espelho ou lavar as mãos, longe disso eu teria mais sossego para me aliviar. Afinal, já é incomodo fazer fora de casa, ainda mais com barulho e inquietação. Mas como eu tenho uma sorte danada, o meu sossego durou pouco. Entra um, entra outro, barulho de torneira pra cá, barulho de papel pra lá, até que avisto pelo vão de baixo da porta um rodo. Lá estava o rodo juntamente com duas botas pretas e calça verde. Os passos passam pela porta, e logo ao lado escuto o rodo esfregando um pano no chão, vai e vem, vai e vem, e eu me segurando pra não fazer barulho e tentar não ser notado. Aquilo me deixou frustrado. Como o barulho já não era o bastante, vejo o rodo com o pano sujo entrando pela fresta de baixo da porta onde eu estava, esfrega puxa, esfrega puxa, o rodo aparece e some, como se estivesse me espiando. Caramba, porque um senhor de botas pretas, roupa verde com uma camisa escrito “Limpeza” tem de fazer isso bem na hora que eu estava ali? Será que ele não viu que no trinco do lado de fora estava escrito “Ocupado”? Porque estava e eu testei depois de sair. Será que tem uma câmera na ponta do rodo e ele é um tarado por homens sentados em privadas? Terminei, limpei e puxei a descarga. Ele ainda estava no banheiro, parado apoiando-se no rodo, olhando quem entrava e saía, as vezes dava mais uma esfregada aqui e ali. Isso fez lembrar de uma vez que fui fazer a mesma coisa num shopping, dessa vez estava escrito na camisa do outro rapaz “Limpeza. Shopping Mueller”. Estava lá eu, sentado na privada, irritado por não estar em casa, quando de repente escuto um barulho de spray e sinto um cheiro de “Bom ar”. O barulho vai se aproximando, até chegar na minha cabine, vejo uma mão e uma lata de “Bom ar” invadindo por cima da porta, a lata espirra duas vezes e passa para outra cabine. Poxa, será que essa é a diversão dos rapazes de verde que limpam o banheiro? Incomodar os usuários e ficar lá até que eles saíam para ver suas caras de irritado ou de vergonha. Porque o cheiro já não é bom, e deve ser uma droga fazer esse trabalho. Em outro motivo eu não consigo pensar. Se for assim não vou culpá-los, alguma diversão sempre tem que ter. Então vou me segurar até chegar em casa.


Porque sempre estão de verde, eu ainda não descobri!


[Espere até eu contar a história do japonês que não gosta que limpe a rua]

terça-feira, 3 de julho de 2007

As Boas Vindas

Olá estranhos no paraíso,
Boas vindas dadas à aqueles que vem para essa humilde esfera.
Antes eram escolhidos à dedo os que visitavam esse planetinha, mas fiz um acordo com o pequenino dono, todos são bem vindos, desde que: Não alimentem os pombos, e tomem cuidado com os 2 vulcões e a Rosa. Por enquanto, a entrada custa um sorriso, mais já aviso que o preço pode aumentar para uma ou mais gargalhadas.
Quanto ao meio de transporte fique avontade, voe com os pombos ou com os cometas, na volta é preferível que use a cauda dos cometas, os pombos estão muito gordos.

Por está noite é só,
aos que não são estranhos no paraíso, mil desculpas.