sábado, 9 de fevereiro de 2008

Adimplente

Só deixa de ser real, se faz misterioso
São estes teus olhos, casa de caboclo
Por todos os dias, um dia diferente
Um copo, cigarros e assuntos pendentes.

Não faça perguntas,
Deixe que meu silêncio esclareça
Por todas as vezes que você me apagou,
Onde eu estava com a cabeça?

E todas as vezes que me esqueço:
Vento gelado na testa, fechar as janelas
Perdido, mete a cabeça entre as pernas.

Mas saio do bar, deixo o valor da conta
E a resposta para suas dúvidas:
São as marcas em minhas asas das nossas afrontas.

Sammia W. Hunaak

5 comentários:

Unknown disse...

Só porque a poesia é minha ninguém comentou?
:(

Bom...esta poestagem está óóóótima!!! Eu adorei. Caramba Bruno parabéns!!!
Hahuahauahahauahauaha
Beijos

Anônimo disse...

Bom, eu me identifico com esse texto porque não gosto de silêncio. Gosto de diálogo, de tudo as claras, e responder dúvidas com silêncio sempre me angustia.

Huckleberry Friend disse...

Sammia, o poema é lindo. Parabéns para ti e também para o Bruno, que no-lo deu a ler. Sou um pouco como o Trotta, quero tudo falado e conversado na hora... às vezes com demasiada pressa, há que evitar repisar. Já o silêncio, às vezes é o único respiro. Outras, é fuga ou deixa-andar. Beijo na Sammia, abraço no Bruno e, porque não, no Trotta. Até breve, passem pelo meu ninho de codornizes!

Por entre o luar disse...

Muito giro:)

beijinho e sorriso:D

Sofia K. disse...

Oi Sammia! Gostei muito mesmo! E eu gosto dos siálogos de silêncio.

beijo para os dois