Já que to sem tempo de postar no blog e outros motivos. Decidi esse sábado abrir o Fraseado. Todo sábado postarei frases, músicas, pensamentos e etc; Que não necessáriamente serão de minha autoria. Bem vindos!
"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Por que sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."
Curitiba virou a capital com mais carros por habitante
Com um veículo para quase duas pessoas, Curitiba tem a maior frota do país em relação ao número de habitantes. É o que revela um levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) sobre a evolução do trânsito nas 27 capitais do país entre 1999 e 2006. No período, a frota da cidade cresceu 44,7%. Culpa da queda na qualidade do transporte coletivo, da falta de segurança e do alto poder de compra do curitibano. Em 2006, Curitiba foi a 5.a capital do país em número de acidentes com mortes.
gazeta do povo
Logo, faço um convite simples: Quer dar uma volta de bicicleta?! Áh vai, nos sábados e domingos pelo menos.
A Bicicletada acontece em mais de 200 cidades ao redor do planeta. Inspirada pelo movimento de massa crítica, a Bicicletada é uma iniciativa civil livre e horizontal, que busca promover os meios de transporte não-motorizados e a cidadania. Consiste numa pedalada pacífica de aproximadamente uma hora realizada uma vez por mês pelo centro da cidade, preferencialmente nas ruas de maior movimento. Pedalamos pelo direito de circular com tranqüilidade todos os dias. Celebramos a locomoção inteligente, que não polui o ar, não congestiona as ruas e humaniza a cidade. Trocamos idéias e experiências para consolidar alternativas de locomoção. Ocupamos o espaço público para promover a convivência. Os principais objetivos da Bicicletada são divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste veículo e tornar mais ecológicos e sustentáveis os sistemas de transporte de pessoas, principalmente no meio urbano. Sem esquecer de tratar com respeito motoristas, pedestres e ciclistas para dar o exemplo de uma postura civilizada e agradável a todos. O único requisito é um veículo não-motorizado (bicicleta, patins, skate, patinete, etc). Panfletos, cartazes, alegorias e boas idéias são muito bem-vindos.
Ele era chefe da sessão de arte-final e parecia ser novo demais para isso. Pelo menos era o que a Malu achava. Mas o que podia se esperar de uma empresa de quadrinhos? Um chefe gordo e barbudo com a camiseta do Star Wars seria coisa de filme. Malu sentava duas mesas de distância do chefe, ela era nova no emprego e achava que ele ficava de olho no seu trabalho. Mas na verdade Malu estava sentada num lugar não muito bom. Ficava ao lado da mesa de cafezinho, e o moço magro, barba rala, óculos torto, era viciado em café. Malu adorava café, mas quando ia tirar alguma dúvida na mesa do Pedro (o chefe) ficava até um pouco sufocada, o cheiro de café era muito forte, devia vir dos dois lixos abarrotados de copinhos sujos de café que ficavam em baixo da mesa dele. Com o tempo Malu foi se acostumando com o cheiro e descobriu que o problema não era o Pedro (que apesar de ser tranqüilo, sempre achava um defeito no seu trabalho)o problema mesmo era o Rodolfo, um gordo barbudo que não usava camiseta do Star Wars. Ele era simplesmente o diabo em pessoa, ou pelo menos fez um pacto com o chifrudo. Como podia desenhar tão bem e ser tão “filho da puta” com os outros. Ele era uma espécie de chefe geral, supervisionava todos os setores e vivia dando bronca no Pedro por qualquer coisa: “Ah, olha essa ilustra aqui, ta faltando um tom de azul”, “Que borrado é esse?”, “Que droga é essa? Mande fazer tudo de novo”. E era só o Rodolfo sair da sala, que o Pedro aumentava a música do Mutantes lá no último volume, pegava dois copos de cafezinho e cochichava bem baixinho enquanto enchia o segundo copo: “gordo pau-no-cu”. Malu se segurava pra não rir da cara do magrelo, não devia, pois uma risada não seria de todo o mal depois do estresse que o Rodolfo sempre causava. Certa vez, Pedro foi buscar aquele cafezinho rotineiro de sempre e olhou pra mesa da Malu sem compromisso, e lá estava um desenho bem colorido. E já que Malu havia saído para ir ao banheiro (isso é o que dizia ela, porque sempre voltava com o olho vermelho do tal banheiro) Pedro pegou o desenho para olhar mais de perto, afinal os óculos mais tortos do que nunca não estava ajudando muito, e quando viu era ele desenhado no papel, Malu havia o desenhado perfeitamente (com dois copinhos de café na mão, camiseta dos Mutantes e um balãozinho dizendo: “Gordo pau-no-cu”. Nesse mesmo momento Pedro ouviu um: Puts Descuuulpa! Pedro olhou, e lá estava Malu na porta da sala com o olho vermelho e uma “cara de taxo”. Malu se aproximou e pediu desculpas mais uma vez, Pedro respondeu com um: “Você desenha muito bem”. Na mesma hora em que Malu envergonhada ia agradecer o elogio, Rodolfo entrou com tudo na sala dizendo “Quem desenha bem?! Deixa eu ver” e tomou o papel da mão de Pedro. Acho que na mesma hora os dois pensaram “Puta que Pariu!!!” E foi essa a primeira palavra que Rodolfo pronunciou “Puta que pariuuu, ninguém trabalha aqui nessa espelunca, olha aqui ficam fazendo gracinhaaa. Queeem desenhou isso?” Malu tremendo por causa do exageiro disse que foi ela. Rodolfo gritando disse que era para ela e Pedro imediatamente o acompanhar até sua sala. Malu olhou para Pedro, ele estava com uma cara muito esquisita. Pedro disse para Rodolfo aguardar, ele foi até a sua mesa pegou os dois lixos abarrotados de copinhos de café, parou na frente de Rodolfo, deixou um dos lixos no chão e o outro para o espanto de todos jogou na cabeça de seu chefe. Malu não acreditava no que estava acontecendo e vendo todos da sala com cara de espantados começou a rir. Pedro não riu, apenas com toda calma do mundo pegou o lixo que não jogou na cabeça do seu agora ex-chefe e, subiu em cima da mesa, colocou o lixo em cima do monitor do computador, tomou uma mínima distância e chutou... o lixo, era copinho pra tudo quanto é lado. Os copinhos caíram todos no chão, em câmera lenta é claro (pois, foi assim que Malu presenciou o momento, parecia mágico todos aqueles copinhos brancos contrastando com os pinguinhos de café que sobraram dentro de alguns copos voando por todo o escritório com a trilha sonora de Pedro com as mãos para cima gritando: Gordooo paaau no cuuuuuu!).
E Foi depois de toda essa história, no ônibus com a carta de demissão na mão vendo Pedro pela janela andando na rua com um sorriso de orelha a orelha mesmo que acabara de ser demitido, que Malu entendeu que tudo tem um propósito até quando se toma dois cafezinhos por vez.
Conheceu ele na internet, assim por acaso, procurando a letra de uma música antiga que gostava e nem lembrava direito ou procurando pessoas esquisitas pra dar risada. Entrou nas comunidades e lá estava ele, com uma cara de mongo que não era bem uma cara de mongo, parecia ser simpático. E lá, abaixo da cara de mongo simpático estava a letra da música, assinada com um: "Nossa nem lembrava dessa música, escutei ela esses dias numa k7 velha que achei aqui em casa, vocês lembram?!" E abaixo comentários do tipo: "Saí dessa cara, que careta!". Ela não, ela escreveu com o CAPSLOCK ligado: "CARALHO MEU, VOCÊ GOSTA DESSA MÚSICA?! QUE FODA!" Não tinha como responder de outra forma, não tinha como os dois não se interessarem um pelo outro, sim porque ele respondeu, aí ela respondeu e assim foi. Sem contar que ninguém gostava da música, e as duas únicas pessoas que gostavam tinham que se dar bem. A voz dele no telefone era diferente, falava como se estivesse com a boca cheia, ela não imagina aquela voz saindo daquele cara da foto. Mas ele zuava o sotaque dela, que mal faria zuar da voz dele?! Além de tudo, ele forçava muito o E no final das palavras, mas e daí?! Ele gostava daquelas músicas, gostava de café, gostava de conversar com ela. Marcaram um encontro, depois daquele tempo todo. Ela não conhecia a cidade, ligou e disse que estava num bar do lado da rodoviária, um bar de cadeiras vermelhas, chamado "BekosBa" Ele riu da brincadeira, o R do bar estava descascado, ele disse - Não tinha um "LUGA" "MELHO" pra me "ESPERA"?! Ela riu também! Frio na barriga, sorriso no rosto, em meia hora estou aí, disse ele. Depois de uma hora ela escutou um barulho alto de moto, e sabia que ele tinha uma WalkMachine, o frio na barriga aumentou, parecia mais uma cólica. Era ele, mas não o menino da foto, era gordinho e o cabelo mais comprido, sem dúvida não era o menino da foto, mas era ele. Estava todo vermelho, ela o olhou, ele disse oi e ela disse “seu mentiroso”, ele ficou sério, ela soltou a gargalhada junto com um “pega um copo pra você”, ele voltou a sorrir, deixou uma fita k7 embrulhada num papel de presente na frente dela e foi até o balcão buscar um copo. Voltou com um copo e uma cerveja, ela de pé esperou ele repousar os dois na mesa, o abraçou, agradeceu o presente e depois sentaram, beberam e conversaram até o dia esfriar.
Não sei escrever mais nada bonito. Bom, dependendo do ponto de vista, eu nunca soube escrever algo assim. E nesse racionamento sem precendente de poesias, flores e I love yous, deixo por conta de quem sei que não falha.
Feliz Aniversário, essa música é mas sua do que minha. Obrigado por trocar a sua tv.
um homem com uma dor é muito mais elegante caminha assim de lado como se chegasse atrasado andasse mais adiante carrega o peso da dor como se portasse medalhas uma coroa um milhão de dólares ou coisa que os valha ópios édens analgésicos não me toquem nessa dor ela é tudo que me sobra sofrer, vai ser minha última obra
Já que fazia tempo que eu não postava aqui e que quando cheguei no meu quarto dei de cara com uma cadeira vermelha, resolvi compartilhar dessa descoberta. A cadeira é horrível! Eu entrei no quarto e no lugar da minha cadeira cinza, neutra, imparcial, estavá uma cadeira cor cereja! Meu quarto é meio amarelo e a cadeira parecia uma cereja no meio de um pudim de baunilha. E falando nisso! Estou sentando na cadeira e vou usá-lá de desculpa para dizer que me deixa sem inspiração. Mas antes, só uma pergunta. Que cor é sua cadeira??
Não sei pra quem, mas quero me desculpar pela ausência no blog. Na verdade acho que devo satisfações a mim. Ando tão preocupado com tudo. Ônibus, coração, família, faculdade, trabalho e os xérox que tenho que ler. Sinto-me um bicho com várias cabeças. Uma em cada canto, tirando suas conclusões e pensando separadamente no que acham prioridade.
Aí vai um desenho pra uma música que eu to ouvindo muito. Fiz um intervenção numa foto da estátua de Carlos Drummond de Andrade que fica em Copacabana. Espero que gostem.
Aos Poloneses do Brasil da banda Lixo Extraordinário.
Morre na areia da praia vermelha morreu aos pés de Chopin Aos poloneses do Brasil, manjuba e mandiopan Eu ergo um brinde no copo dos outros eu penso grande no canto dos olhos procurando as cem gramas mais baratas ao vencedor as batatas!
Agora sou eu no beco das garrafas atrás da viva alma que me ouça mudando o nome no beco da fome prensando um beck Agora sou eu querendo cama em Copacabana tirando onda em Volta Redonda levando tapa nos Arcos da Lapa pegando leve Agora sou eu sem a menor piedade de mim
Morreu na areia da praia vermelha Em pé, coçando o queixo Chopin Aos poloneses do Brasil, manjuba e mandiopan Eu ergo um brinde no copo dos outros eu penso grande no canto dos olhos procurando as cem gramas mais baratas pra bandeja ficar mais pesada ao vencedor as batatas!
Agora sou eu no beco das garrafas atrás da viva alma que me ouça mudando o nome no beco da fome prensando um beck Agora sou eu querendo cama em Copacabana tirando onda em Volta Redonda levando tapa nos Arcos da Lapa pegando leve Agora sou eu sem a menor piedade de mim pro inferno as boas intenções tupi or not tupi!
E essa aqui é uma versão acústica da música, que também é legal.
Hoje vou compartilhar um texto fanstástico, baseado na música Noite dos Mascarados de Chico Buarque. Desde da vez que li fiquei encantado, tanto com a música que escutei uns dias antes de ler. O texto é lindo e foi escrito por uma grande amiga minha, Paula Clapp.Vocês vão gostar.
" - Eu sou seresteiro, poeta e cantor - O meu tempo inteiro, só zombo do amor - Eu tenho um pandeiro - Só quero um violão - Eu nado em dinheiro - Não tenho um tostão... - Fui porta-estandarte, não sei mais dançar - Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar"
Chico Buarque
E assim foi a noite inteira uma eterna apresentação. Dentre os tantos esbarrões que atrapalhavam os beijos e os confetes que grudavam nas costas tão bonitas daquela moça, Ele podia jurar que se não fosse carnaval se casaria com ela, mas pra evitar o que sempre temeu achou melhor nem perguntar seu nome, só continuar dançando e respondendo suas perguntas. Agora, ela ... se espantou com a cantoria tão antiga para um rapaz tão novo. Se encantou com mãos tão bonitas e dança a toda hora. Me deixa ir, pedia. Os dois queriam pular entre aquela multidão fantasiada, se entrelaçar pelas serpentinas, sentir o gosto das drogas que ali se serve discretamente. E ao mesmo tempo queriam se encontrar a cada três passos. " Vou ali ", " Fico aqui", Corrida para o banheiro. Ele realmente voltou e ela esperou. Não que no caminho não tenha promovido outras mulheres a suas atuais amantes, nem que ela na dor da espera não tenha se consolado com outros. Foi como o tal casamento evitado. Amor bandido de carnaval. Amor bandido de todos os dias. Do cotidiano mesmo, feito em uma noite, pulo a pulo, sem perder nem um sorriso e evitando as lágrimas. Lágrimas só as que ele pintou, faziam parte de uma metade do seu palhaço. Um palhaço e uma boneca. Exatamente o que eram por fora e por dentro. Para que lavar o rosto? Para que tirar aquela mascara tão bonita que pintaram no plano exato de procurar seus pares. Assim foi até o salão ficar vazio e abrigar apenas os recém casados daquela noite, os amantes fugidos e alguns solitos que se afogaram na bebida.
Paula Clapp
" Mas é carnaval, não me diga mais quem é você Amanhã tudo volta ao normal ... "
Chico Buarque
Fica um vídeo com vocês de Chico Buarque, Nara Leão e MPB 4 cantando Noite dos mascarados.
Ontem foi dia de improviso, de última hora. Dia de “deixa que eu pago”, dia de anotar pedido de música em papelzinho. Que do papel iam direto para as cordas da voz e da guitarra de uma mulher maravilhosa. Negra, brasileira. Que retribuía com sorrisos as vozes que lhe acompanhavam. Ontem foi dia de dançar com quem não se conhecia. Dia de dançar com a Karin e com a Sammia. Improvisando passos, letras e rodopios. Sem economizar o sorriso. Foi dia de não saber como voltar pra casa, dia de reencontro, de boa música, de novos amigos e também dia de “eu te levo pra casa”.
Bom, Como me tornei estúpido de Martin Page foi o último livro que li. Recomendado pela minha querida Sammia, e agora recomendo para vocês.
O protagonista do romance é Antoine, um depressivo intelectual que não consegue conviver com sua inteligência e manipulação da sociedade. Depois da tentativa hilária de alcoolismo e suicídio, Antoine decide que só a estupidez irá libertá-lo e integrá-lo a sociedade.
Presenteio os interessados com um trecho do livro:
"POR CAUSA DE UMA SENSIBILIDADE fisiológica extrema, Antoine não pudera tornar-se alcoólatra. Ele tomou como alternativa a resolução de se suicidar. Ser alcoólatra tinha sido sua derradeira ambição de integração social, e matar-se era o derradeiro meio que ele via de participar do mundo. Personagens que ele admirava tinham tido a coragem de escolher o momento da sua morte: Hemingway, a sua querida Virginia Woolf, o seu querido Sêneca, Debord, Catão de Utica, Sylvia Plath, Demóstenes, Cleópatra, Lafargue... A vida não era mais que uma infinita tortura. Ele não sentia prazer em ver o dia raiar, todos os seus instantes eram ácidos e estragavam o gosto do que teria podido ser agradável. Como ele nunca tivera verdadeiramente a impressão de viver, não tinha medo da morte. E ele até estaca feliz por encontrar na morte a única prova intangível de que ele estivera na vida. A incrível má qualidade de comida que lhe era servida quando estava no hospital acabou por convencê-lo encerrar seus dias. Antoine tinha dado entrada na emergência do hospital de La Pitié-Salpêtrière , apesar do documento plastificado na sua carteira que indicava que ele doava os seus órgãos em caso de morte cerebral e que ele preferia agonizar na calçada a ser cuidado em La Pitié..."
ilustração da capa do original francês Comment je suis denevu stupide
Ela fica no restaurante japonês. Eu, um pouco mais à frente, sento no mexicano. Ela com o sorriso brincando de me cuidar. E eu com o falso desdém. Divido o olhar entre ela e os nachos. Ela entre os peixes crus e eu. Tomo um suco de laranja que sem minha preferência, é quente e sem açúcar. E ela, não sei. Ela vem na minha direção. Eu dou a última garfada. Ela diz que sua barriga dói. A minha também. Vamos ao museu? E eu, Vamos ao café? No caminho ela diz que me ama. E eu, sem falar nada, também.
s.f. Arte de fazer versos. / Cada gênero poético / Obra em verso, poema / Característica do que toca, eleva, encanta. Forma especial de linguagem, mais dirigida à imaginação e à sensibilidade do que ao raciocínio. — Em vez de comunicar principalmente informações, a poesia transmite sobretudo emoções.
Encontro na tristeza um lugar só meu, onde ninguém encosta um dedo. Um lugar onde sento e escrevo um livro do que vai ser de mim. Um livro de um capitulo, uma frase e páginas em branco.
Bruno L Mocelin
Bruno L Mocelin
Desbravador
Depois do seu olhar Tua saliva encontro Em calafrios e pensamentos Me perco, barco sem rumo A bússola me morde Me arranha a carne, mostrando o caminho.
Bruno L Mocelin
A todos que escrevem, cantam e leêm um ótimo dia da poesia.
terça-feira, 11 de março de 2008
Ilustração: Bruno L. Mocelin
Bem vindo ao mundo onde a cabeça não para, e quando para...
Convivo com músicas infantis, seja para apresentar para minha priminha ou colocar nos vídeos que faço no trabalho, isso quando o vídeo é para crianças até 7 anos. Bom, não foi por nenhum desses motivos que conheci essa música. Estava lá eu editando, quando tirei o fone para escutar o André que pronunciava palavras antes mudas por conta da música Losing my religion que eu ouvia. Me desiquipei do fone e soltei um “Hããã??” ele me retrucou com um “Tsc! Escute essa música cara”. Prestei atenção e fiquei encantando com a poesia cantada que conheci. Assim, fiz um simples desenho para ilustrar essa canção, e apresentar para quem não conhece, espero que gostem.
Rato (Paulo Tatit e Edith Derdyk)
Todo rato tem rabo longo Toda rato tem faro esperto Todo rato curte escuro lambe restos Todo rato deixa rastros Todo rato trai e mente Todo rato assusta a gente Todo rato anda em bando São os ratos, são os ratos São os ratos bem malandros
Mas sempre tem um que é diferente Tem sempre um que até surpreende a gente Este rato que aqui se mostra É um rato que a gente gosta É um rato que em vez de catar Lasquinhas de queijo e comer na rua Prefere mil vezes um beijo Um beijo brilhante da lua
- Lua minguante lua crescente Declaro ser o seu mais lindo amante Com você eu quero me casar Fazer da noite escura o nosso altar
- Rato meu querido rato Eu não sou assim de fino trato Para selar este contrato Minha luz é passageira Fico sempre por um triz Mesmo quando estou inteira Vem a anuvem me cobrir Ela sim, nuvem faceira É que lhe fará feliz
- Nuvem redonda que cobre o luar Declaro ser o seu mais lindo amante Com você eu quero me casar Fazer do céu imenso o nosso altar
- Rato meu querido rato Eu não sou assim de fino trato Para selar este contrato Minha sombra é tão nublada Fico sempre por um triz Mesmo quando estou parada Vem a brisa me diluir Ela sim, brisa danada É que lhe fará feliz
- Brisa macia que destrói a nuvem que cobre o luar Declaro ser o seu mais lindo amante Com você eu quero me casar Fazer do vento o nosso altar
- Rato meu querido rato Eu não sou assim de fino trato Para selar este contrato Mesmo quando eu sopro forte Vem a parede me barrar Só a parede de uma casa Não deixa a brisa passar Ela sim, dura parede É que aprenderá a te amar
- Parede parada Que barra a brisa, que destrói a nuvem que cobre o luar Declaro ser o seu mais lindo amante Com você eu quero me casar Fazer da terra o nosso altar
- Rato meu querido rato Eu não sou assim de fino trato Para selar este contrato Meus tijolos são de barro Mas não é difícil me esburacar Mesmo sendo bem segura Vem a ratinha me cavocar Só a ratinha bem dentuça Saberá como te amar
- Ratinha dentuça Que cavoca a parede, que barra a brisa que destrói a nuvem, que cobre o luar Declaro ser o seu mais lindo amante Com você eu quero me casar Fazer da natureza o nosso altar
- Rato meu querido rato Eu que sou assim de fino trato Pra selar este contrato O meu faro é tão certeiro Com você vou ser feliz Mesmo não sendo perfeita Eu sou a rainha eleita Fico aqui toda sem jeito Esperando um grande queijo (ops!) Esperando um grande beijo
Toda rata tem rabo longo Toda rata tem faro esperto Toda rata curte escuro lambe restos Toda rata deixa rastros Toda rata trai e mente Toda rata assusta a gente Toda rata anda em bando São as ratas, são as ratas São as ratas bem malandras
Coro de Ratos: Eugênio Tadeu, Miguel Queiroz Voz do Rato, Violão e Baixo: Paulo Tatit Voz da Lua, Piano e Teclados: Sandra Peres Voz da Nuvem e da Rata: Suzana Salles Voz da Brisa e Coro das Ratas: Ná Ozzetti Voz da Parede e Coro das Ratas: Mônica Salmaso Pandeiro e Reco-Reco: Adriano Busko
Não sei quem a contratou, não sei quanto ela recebe pra fazer a maldita limpeza. Eu sei, e só sei, que isso está acabando com meus dias. Ela entra sem avisar, limpa tudo, não organiza. Passa a sua vassoura, espanador, produtos de limpeza e some com tudo, sendo sujeira ou não. Ando desconfiado que até roube. Não é possível! Eu deixo minhas coisas expostas para não esquecer de pegar ou fazer e, de repente, some. Simplesmente desaparece! E eu não consigo encontra - lá para perguntar o porquê dessa faxina neurótica. Porra! Deixe-me em paz! E ontem, exatamente dia 28 de fevereiro de 2008, foi a gota d’água. Desde semana passada que guardo numa caixinha de comprometimentos, que fica acima da caixa de lembranças, o compromisso de não esquecer da inscrição da bolsa para a faculdade. Mas a maldita faxineira entrou em ação, chegou e limpou tudo. Varreu da minha memória e eu esqueci de fazer a inscrição que finalizou dia 27. Só ontem, depois de revirar muito é que lembrei da tarefa. Fiquei “puto” é claro, por isso venho lhes avisar, cuidado com as faxineiras da cabeça, são bem eficientes e cobram caro. A minha eu não encontro, deve estar por aí, limpando algo que nem lembro mais. Mas ela que se cuide! Porque se eu pegar...
...Uma mão, banhada ao brilho do sol, se estendeu para mim. A aceitei para levantar. A sua mão era como uma nuvem aquecida pelo sol. E imediatamente quando o movimento para se por de pé terminou, senti uma fisgada nas costas que fez minha cabeça se voltar involuntariamente para cima. Ninguém nos fios.
- Você esta bem?
Como num reflexo desesperado, olhei assustado para a direção da voz. O inverno voltou três vezes mais cruel para minha barriga. Eu conhecia aquela voz há dezenove anos, e dessa vez se dirigia a mim. Eu ainda não havia largado a sua mão de nuvem quente, e quando mais a segurava, mais o inverno ardia...
Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada Mesmo que distante Porque metade de mim é partida Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço E que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que penso E a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância Porque metade de mim é a lembrança do que fui E a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria Pra me fazer aquietar o espírito E que o teu silêncio me fale cada vez mais Porque metade de mim é abrigo Mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta Mesmo que ela não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer Porque metade de mim é platéia E a outra metade é a canção
E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade também.
Metade - Oswaldo Montenegro
Bom, não tá engraçado. Mas foi o que meu humor conseguiu pensar.
Lembro-me, quando tinha apenas 9 anos de idade. Assisti a uma reportagem que mostrava cenas de uma "Mulher Cão". Aquilo me aterrorizou, a mulher se mordia e atacava quem estivesse por perto. Se não me engano foram 2 semanas dormindo no quarto dos meus pais. Quando encontrei essa postagem, a nostalgia daquele dia me bateu, a divido com vocês.
Paula Rego , “Mulher-Cão”, Pastel de Óleo, 1994, Tate Gallery
A Mulher Cão. (Sobre um quadro de Paula Rego)
Ela acendeu a brasa do fogão anos e anos a fio. Esfregou o soalho lavou a roupa e os vidros da janela costurou bainhas descosidas e levou toalhas a cheirar a rosmaninho à senhora do andar de cima.
Foi ao quintal buscar hortelã para a canja e adormeceu ao som das gargalhadas felizes dos meninos hoje já todos engenheiros com a Graça do Senhor.
Agora está atada ao côncavo da terra por atilhos grossos. Ladra à lua e tudo nela é carne e sangue.
Morde a mão e dança a valsa sobre o chão confuso de algum sonho diluído lá no longe nos botões do maestro do coreto aos domingos e feriados.
Ela é grossa e ladra à lua. Sente o corpo a crepitar e rasga o coração.
Inesperadamente entre coágulos de sangue fala línguas que nunca ninguém lhe ensinou.
Está atada à sangrenta forja das gramáticas lunares e procura uma palavra um nome mesmo que obscuro e difícil de entender.
É uma mulher grossa e no côncavo do corpo fala línguas sem sentido.
Bom, as aulas recomeçaram. Depois dos cumprimentos, reencontros no bar e brindes à velha amizade, fui a sala e assisti a primeira matéria que foi História do Meios Audiovisuais, ministrada pelo professor Renato Pucci. Na aula ele nos mostrou esse vídeo que trago para vocês. O filme é de Georges Méliès e tem 50 segundos, se chama Un homme de têtes ("Um homem de cabeça") vale a pena assistir. Esse filme foi passado para dar ênfase ao conteúdo da aula, que fala sobre os meios e tecnologias usadas ao longo da história do cinema. O que me fascinou foi a criatividade de Méliès, usando um efeito bastante interessante e inovador para o cinema da época (1898), 3 anos depois do cinema ser criado. *Georges Méliès (8 de dezembro de 1861 — 21 de janeiro de 1938) foi um ilusionista fracês de sucesso e um dos precursores do cinema, que usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos. *Um de seus filmes mais conhecidos foi Le Voyage dans la lune ("Viagem à Lua") de 1902, em que usou técnicas de dupla exposição do filme para obter efeitos especiais inovadores para a época.
A deixei frente ao cometa. Não era magnífico como os retratados em livros e filmes, tão pouco, brilhante e veloz. Mas era o transporte mais acessível. E quem nunca almejou viajar num cometa? Há um mês atrás veio me visitar à bordo de um, reclamou das baratas que pegam carona para outros lugares e das espécies esquisitas de humanos que usavam o mesmo transporte. Não há muita diferença nas pessoas que usam o cometa, se você não sabe de que lugar elas vem e se não passar um tempo com elas. E como a viagem atrasou um pouco, ela pode me contar algumas esquisitices. Depois disso perdi um pouco da vontade de viajar de cometa, já que esse não tinha Saint-Exupéry nem seu amigo, não subia tão alto, se não me engano apenas 408 km. Porém esse cometa lento, que abriga baratas, gente esquisita e brilha pouco, me trouxe felicidades duas vezes já, a felicidade que deixei ontem na frente do cometa. O piloto ligou e fez aquele barulhão, o cometa saiu com a sua calda de gás carbônico, joguei um beijo e ela retrucou com outro. Não fiquei sabendo como foi a viagem dessa vez, mas se quiserem saber, ou até mesmo conhecer um pouco do cometa, perguntem à ela. E aproveitem para entregar meus beijos.
Só deixa de ser real, se faz misterioso São estes teus olhos, casa de caboclo Por todos os dias, um dia diferente Um copo, cigarros e assuntos pendentes.
Não faça perguntas, Deixe que meu silêncio esclareça Por todas as vezes que você me apagou, Onde eu estava com a cabeça?
E todas as vezes que me esqueço: Vento gelado na testa, fechar as janelas Perdido, mete a cabeça entre as pernas.
Mas saio do bar, deixo o valor da conta E a resposta para suas dúvidas: São as marcas em minhas asas das nossas afrontas.
Hoje quebrei minha asa, tentando se equilibrar em fios de alta-tensão. E fazer como os outros que lá do alto olham seus protegidos e aproveitam pra se divertir. E foi assim, sem tirar os olhos de você que tropecei num fio desencapado. Meus olhos desviaram numa manobra perigosa para baixo e num bater de asas em vão, dei-me contra chão. De imediato olhei pro lugar onde você deu seu último passo, não lhe encontrei, e inexplicavelmente senti algo que nunca havia sentido antes, um vazio na região do estomago, como um frio instantâneo, um inverno que durou 3 segundos...
O mojito é uma bebida tradicional da culinária cubana. É uma bebida leve, saborosa e muito refrescante, o que leva muitos a exagerar na dose. Também é uma ótima opção no verão por ser bem refrescante.
No entanto, o efeito da bebida é rápido, por isso, os cubanos alertam para não abusar da bebida e consumir com moderação. (Resumindo, beba pra caralho é boa mesmo).
Ingredientes 1 1/2 medida de rum A metade de 1 limão 1 colher (chá) de açúcar Folhas de hortelã amassadas Água mineral com gás (opcional) Gelo picado
Modo de Preparo Macerar o hortelã e o açúcar, e depois adicione o limão, o rum e o gelo até encher 2/3 da capacidade com gelo picado. Se quiser deixar a bebida um pouco mais suave adicione água mineral com gás e mexa bem.(É claro que você não vai fazer isso, né?)
Olá pessoal, hoje tenho uma insistente novidade. Depois de muito tempo me enchendo as paciências, comendo as plantas da minha mãe, melando minhas meias que ficam jogadas pelo quarto e dormindo na salada do meu almoço, é por livre espontânea pressão que vou lhes apresentar um amigo. “Um cara gente boa, super descolado, o garanhão dos moluscos gastrópodes...” Não acredito que você me fez decorar isso ¬¬. “...com a palavra, BELEEESMA, AAA LESMAAA!!!”
Ok, imagine isso...alguém aponta pra um elefante em sua sala de estar e está é a primeira vez que você vê o elefante. Então você esta ali, imaginando como é que um elefante foi parar na sua sala de estar, quando você percebe...
Ele deveria estar ali o tempo todo.
Hoje eu vi um elefante na minha vida e foi uma revelação!
Quer dizer, eu sempre estive atrás do grande sonho americano, sabe? Um marido, filhos...coisas assim. Mas, quanto mais eu tentava conseguir isso, mais difícil parecia ficar. E pra mim, nunca ouve plano b.
Se não fosse pela Katchoo, eu não sei o que teria feito.
Katchoo é a única que me dá um abraço depois de um dia ruim.
O único sorriso amoroso. O único carinho afetuoso.
Você pode me culpar por ser agradecida? Por aceitar o conforto de outra mulher quando todos os homens do planeta parecem ter recebido ordens pra ferrar comigo?
E ela nunca pede nada em troca nunca faz exigências, nunca me questiona ou crítica!
Mas está sempre lá pra me apoiar.
Sempre.
Passei a vida toda procurando por um homem assim...mas, ao invés , achei uma mulher!
Então, deve ser amor, certo?
E, quando você está amando, é de se esperar que você faça algo a respeito, certo?
Só que nunca fui capaz de dar aquele último, enorme...passo final.
Foi quando eu vi o elefante...
Francine.
Estranhos no paraíso. História e Arte, Terry Moore.
Qual a coisa mais embaraçosa que já aconteceu com você?
Você já saiu com algum rapaz ou garota e estava com alguma coisa presa nos dentes?
Já te pegaram roubando no shopping quando tinha 15 anos?
Sua toga já escorregou e te deixou nua durante uma peça da escola?
Talvez você tenha chamado seu chefe de Bill por uma semana até alguém te contar que o nome dele é Bob.
Ou, quem sabe, você já tenha quase transado com sua melhor amiga, mas desistiu na última hora e se trancou no armário, morrendo de vergonha de sair, enquanto sua melhor amiga ficou sentada do lado de fora do armário até cair no sono. E, daí, você passou o resto da noite no sofá e tentou sair pro trabalho na manhã seguinte sem acorda - lá...mas sua amiga acordou mesmo assim e tirou uma polaroid de você tentando escapar pra, mais tarde, te mostrar como você estava parecendo ridícula ao fazer aquilo.
Ok, talvez sua toga não tenha caído durante uma peça da escola. Isso não importa...
Porque, neste momento, eu escolho está ultima como a coisa mais embaraçosa que já me aconteceu na vida!
Francine.
Estranhos no Paraíso. História e Arte, Terry Moore.